Dando um close nos campos
Se você viajar por um campo, da janela do carro, ele pode parecer um mar de capim chato e contínuo. No entanto, se você caminhar por ele e se sentar em cinco lugares diferentes, verá que nenhum se parece com o outro. Essas pequenas áreas diferentes do resto do campo são chamadas de microhabitats.
Os microhabitats podem determinar que tipo de animais e plantas vivem em um campo. Por exemplo, um lagarto que gosta de se expor ao sol pode se dar melhor em um campo com trechos de chão ou pedras nuas do que em um campo completamente coberto por capim.
Pequenas áreas com arbustos ou árvores são locais onde as aves podem fazer ninhos. As áreas mais baixas podem se tornar zonas úmidas durante parte do ano e servir de criadouro para rãs e sapos.
Se os campos tiverem colinas, as plantas que não precisam de muita água podem crescer nas encostas, enquanto as que amam água crescem na parte de baixo, onde podem absorver o escoamento (a água que escorre das encostas).
Da próxima vez que vir uma área gramada, procure e veja se consegue encontrar algum microhabitat, e tente adivinhar que tipo de animal os usaria.
Subsolo
Os campos não são definidos apenas por todo o capim, plantas e animais que você vê na superfície acima do solo. Se você cortasse a encosta de uma colina no campo, encontraria muito mais do que terra.
No subsolo, um campo é perfurado por tocas, emaranhado por raízes e lotado de vermes e insetos que raramente saem para ver o sol. Há até seres que você não pode ver a olho nu: bactérias que ajudam a decompor seres mortos em nutrientes que outras plantas podem absorver do solo, e fungos especiais que vivem nas raízes das plantas.
Sem essas características subterrâneas, um campo seria muito diferente. O sistema de raízes emaranhadas ajuda a impedir que o solo rico seja lavado quando chove. Sem esses minúsculos insetos, vermes e microorganismos, o solo não seria tão rico, porque todo aquele capim morto não seria transformado em nutrientes que podem ser reutilizados por plantas vivas. Se fosse esse o caso, quase nada seria capaz de crescer lá.
Um negócio sujo
Os campos costumam ter uma terra muito rica e escura (também conhecida como solo superficial), e um montão dela. Se você já arrancou um tufo de grama, viu que elas têm muitas raízes; às vezes há quase o mesmo tanto de planta embaixo da terra quanto acima dela. Essas raízes alcançam alguns bons metros embaixo da terra.
Quando um tufo de capim morre sobre o solo, suas raízes também morrem no subsolo. Quando as raízes morrem, elas começam a se decompor em nutrientes que outras plantas podem usar, em um processo chamado decomposição. Todas essas raízes se decompondo ajudam a criar um solo rico, que é uma terra abundante em nutrientes e que pode manter muitas plantas.
Os campos são conhecidos por este solo superficial rico. Nos campos com capim alto, essas raízes e o solo rico podem atingir até quase dois metros de profundidade. Se um campo tem principalmente grama rasteira, as raízes não alcançam tão longe no subolo e a camada de solo superficial rico pode não ser tão profunda.
Imagens via Wikimedia commons. Imagem dos campos dourados via Pdreijndrs.
Detalhes bibliográficos:
- Artigo: Anatomia dos campos
- Autor: Dr. Biology
- Editor: Arizona State University School of Life Sciences Ask A Biologist
- Nome do site: ASU - Ask A Biologist
- Data de publicação: 19 Aug, 2020
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- Ligação: https://askabiologist.asu.edu/anatomia-da-pradaria
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